segunda-feira, 19 de agosto de 2013

O peso da culpa

culpa: ato ou omissao repreensivel ou criminosa; falta voluntaria, delito, crime: pagar por uma culpa.


Culpa sua?
Nao vou escrever esse post com a expertise de um psicólogo ou um psiquiatra, vou me arrisar a usar minha observação e minha vivência no consultorio.
Primeiramente é importante pontuar que a culpa, em geral, é um sentimento auto inflingido quando falamos da maternidade ou da paternidade. Todo mundo sente culpa, até a culpa de não sentir culpa!
E ela, a culpa, nos faz cometer bobagens, nos faz meter os pés pelas mãos, ocupa nossa mente e nosso coração. E que desperdicio ter o coração ocupado pela culpa, não?
Leiam a definição de culpa com cuidado e vejam se fizeram algo tão sério que para que sinta culpado.
Queria engravidar naturalmente, teve que fazer tratamento? Conseguiu engravidar com o tratamento, ótimo! Se não conseguiu, resolveu adotar, excelente!
Queria ter parto normal, acabou fazendo cesárea? Que bom que seu filho nasceu bem!
Queria amamentar, mas teve que complementar? Legal que hoje existem boas opções para alimentar seu bebê (sim, e você pode comprar!)
Você trabalha e tem pouco tempo para seu filho? Use esse tempo de maneira sábia, mostre ao seu filho que se orgulha de você mesmo, tenha mais jogo de cintura! Não trabalha fora de casa? Que bom que tem essa oportunidade de acompanhar seus filhos de perto.
Tantas outras culpas eu poderia listar aqui, entre elas a falta de tempo. O tempo está cada vez mais escasso, e tende a piorar caso não o utilizemos bem. Nossa geração se perdeu nos detalhes não tão importantes, não consegue avaliar o macro, não relaxa e consequentemente não deixa as crianças relaxarem.
A compensação da culpa através de presentes, brinquedos e outros ganhos materiais (aqui entram viagens e comida também) é a mais utilizada, todo mundo sabe que não funciona e continua fazendo! Até a diversão é movida pela culpa! O finais de semana são abarrotados com uma programação para compensar a semana corrida, afinal "temos que aproveitar".
O meu ponto é, se o crime não foi tão grave assim, por que sentir tanta culpa? Se ainda sim não se convenceu, ao menos não tente compensar essa culpa sufocando seu filho com planos, projetos, presentes e angustias.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

"Filhos de pais separados? Xiiiiiiiii....."

Esse post pode até ser um pouco auto referente, mas acho que se alguém pode falar de divórcio + filhos, sou eu. Eu, que vi a separação dos meus pais aos 12 anos e que me separei com uma filha de 1 ano aos 33 anos.
Apesar de cada vez mais comum, as crianças com pais separados ainda podem ser estigmatizadas como "problemáticas" e de terem mau rendimento escolar. Será?
A resposta que eu posso dar a vocês é que crianças com lares disfuncionais realmente tem mais chance de apresentarem dificuldades tanto na escola quanto afetivas (relações de amizades, familiares, etc) e se passarem por um divórcio tumultuado, certamente terão muitas dificuldades.
Então, uma vez que o divórcio e inevitável, se "destruírmos" um lar disfuncional e criarmos 2 lares harmoniosos para a criança, a dor pode ser amenizada e as feridas se fecham sem cicatrizes profundas.
Como fazer isso?
Segue uma listinha de "dos" e don'ts" que parece óbvia, mas ajuda muito:
1) Não brigue em frente das crianças: pesquisas mostram que nada pior para uma criança do que os pais brigando na frente delas... por isso, não gritem,  não se agridam, não discutam.
2) De livre acesso ao pai e a mãe: retirar, proibir ou dificultar o acesso ao pai ou a mãe é muito ruim para as crianças. engula o sapo porque ele é seu para engolir, e deixe o acesso livre.
3) Não as faca escolherem: não deixe a criança entender que só e possível amar um dos pais, isso e uma coisa terrível pra se fazer.
4) Não faca confidências para as crianças: fofocar sobre o pai ou a mãe para a criança é inapropriado, deixe sua batalha legal longe dos seus filhos.
5) Não use as crianças como arma: ficar achando pequenas falhas no outro e em como cuidam de seus filhos, salvo raras exceções, para mostrar que você é melhor e inútil... gaste seu tempo e energia com o que importa.
6) Pense no que e justo para as crianças, e não para você!
Nos casos de divórcios litigiosos, muito cuidado! Não entenda como uma possibilidade de consertar uma injustiça, cuidado com as brigas por bens e dinheiro e nunca impossibilite o acesso do pai ou da mãe as crianças.
Seu casamento não deu certo? Ok, não é exclusividade sua, afinal quase metade dos casamentos acabam. Vocês estão magoados? Ok, vai passar!
O que não é Ok, é fazer do divórcio um campo de batalha onde seus filhos ficam no meio, expostos e absolutamente vulneráveis.
E se serve de incentivo: as crianças com pais divorciados de maneira harmoniosa (dentro do possível, afinal se fosse tao harmonioso o casamento continuaria firme :)) tem praticamente a mesma porcentagem de baixo rendimento escolar do que os com pais casados.
A família que foi constituída quando vocês decidiram ter filhos sempre vai existir, um pouco diferente, mas sempre!




quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Frango com batata doce e maçã (6-7 meses)

1 colher de manteiga sem sal
1/4 xic de cebola picada
120 gr de peito de frango picado (sem pelo ou osso)
1 batata doce gde, descascada e picada
1/2 maça, descascada, sem sementes e picada
1 xic de caldo de frango (se fizer em casa melhor!)

Aqueça a manteiga em uma panela, acrescente a cebola, deixe por 2-3 minutos.
Acrescente o frango e vá refogando até ele ficar opaco. Acrescente a batata doce e a maçã, despeje o caldo.
Deixe cozinhando por 15 minutos. Depois processe com o mixer para deixar na consistência desejada.

Delícia!

obs1) O frango é uma alimento rico em proteína e vitamina B12
obs2) Misturar alimentos adocicados (como a maça) melhora a aceitação dos bebês para a papa salgada.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Manhã orgânica...

Acho que esse post vai ser mais uma discussão filosófica do que informativo de fato.
Nunca fui militante de produtos orgânicos, mas também nunca fui contra, principalmente por não ter habito de comprar tais produtos.
Claro que uma alimentacao sem agrotóxicos e demais resíduos dever ser muito mais saudável, mas compensa o custo maior dos produtos orgânicos e o "perrengue" de encontra-los?

Resolvi tirar minhas próprias conclusões, e passei a manha de sábado em 2 programas "orgânicos"
1) Feira orgânica do Parque da Agua Branca
Adorei ir a uma feira em gritaria e sem desperdício. Não tem muita variedade, mas tem o necessário. Legumes e verduras super ok, frutas achei um problema, quase nada...
Os pães, queijos e iogurtes são incríveis!
Em relacao ao preço, muito pouca a diferença! Fiquei surpresa, achei que seria bem mais caro.
De quebra você pode tomar um cafe da manha delicioso ali na entrada da feira e dar uma voltinha no parque, que e bem agradável.
Tudo muito simples, nota-se pouco plastico circulando (levem suas sacolas), pode parecer exagero mas senti um pedacinho do primeiro mundo ainda tímido ali naquele lugar.
Ahhhhh! A Carol ama o parquinho que tem la dentro, uns brinquedos que você paga 3,5 reais por vez. Tem que ter coragem pra ir, rsrsrsrsrsrsrsrs.

2) Quintal dos orgânicos da Vila Madalena
O primeiro espaço totalmente orgânico de São Paulo, tem um mercadinho no fundo só com produtos orgânicos desde produtos de beleza ate alimentos. Na frente tem um restaurante delicioso e muito charmosinho, com uma decoracao simples mas muito caprichada.
Outro esquema, um orgânico mais chique... mais caro.

Muito alem da qualidade e da procedência dos alimentos, ando preocupada com nossa cultura do desperdício e tenho medo que isso esteja sendo enraizado na cabecinha de nossas crianças. Adoro fartura, mas desperdício e outra coisa...
Alem dos beneficios da qualidade de uma boa alimentacao (orgânica ou não) devemos cultivar nos nossos pequenos valores de consumir o necessário.
Gastamos fortunas com escolas socio construtivistas e fora da escola qual nosso investimento em criar melhores cidadãos?
Resumindo... Se comprar produtos for nosso único lado a favor da sustentabilidade, esqueça! Se criarmos melhores cidadãos com hábitos alimentares saudáveis, ótimo! Se esses hábitos alimentares incluírem alguns alimentos orgânicos, sera um luxo, um luxo sustentável!

Confiram o site:  www.aao.org.br , tem todos os locais onde alimentos organicos sao comercializados.
Ainda existem empresas que entregam semanalmente produtos organicos em casa... mas nao estou aqui pra fazer jaba, ne?
wheres-the-growth.jpg



segunda-feira, 25 de abril de 2011

Bem entendido!

Não costumo visitar o departamento de auto ajuda, mas esse livro das autoras Adele Faber e Elaine Mazlish dá uma luz em pequenas dificuldades na comunicação com os pequenos. Vou confessar que não tive a disciplina de lê-lo inteiro com a devida atenção, mas na "leitura dinâmica" foi bem.
Vale dar uma conferida... Quem sabe você não consegue transformar o mal entendido em bem entendido?

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Não confundam alhos com bugalhos: Alergia à proteína do leite de vaca x Intolerância à lactose

O motivo desse tópico é deixar clara a diferença entre essas duas doenças que se confundem demais nas cabeças dos pacientes (e por incrível que pareça, também de alguns médicos).
A alergia à proteína do leite de vaca, pode se manifestar mesmo com o bebê em aleitamento materno exclusivo, pela ingestão materna de leite de vaca. Seu sintomas mais comuns são cólicas, refluxo gastroesofágico, fezes com sangue, baixo ganho de peso. Dentre outros sintomas temos ainda a dermatite atópica, tosse, coriza e chiado. O diagnóstico mais preciso é feito através da prova terapeutica, retirando leite de vaca da dieta da criança (ou da mãe, se em aleitamento materno exclusivo), usando fórmulas hidrolizadas. Lembrando que o uso da soja é contra indicado em menores de 6 meses (30% das crianças que tem alergia ao leite de vaca tem alergia a soja).
Já a intolerância à lactose, costuma se manifestar no adulto jovem, sendo muito rara em crianças menores de 6 anos. A lactose é o açúcar do leite e estamos programados geneticamente a uma menor atividade da lactase (enzima que digere a lactose) com o passar dos anos. Os sintomas mais comuns da intolerância a lactose são dores abdominais, diarreia, flatulencia, nao havendo sintomas sistêmicos.
Não quero que vocês terminem essa leitura especialistas nessas duas doenças, mas espero que parem de colocá-las como "sinônimos". São muito diferentes!
Se eu conseguir isso, já vai ser mais do que muita faculdade de medicina conseguiu! :)

quarta-feira, 23 de março de 2011

Geek Dad

Em uma conversa com um pai (assumidamente "geek") no consultório descobri esse livro que me pareceu incrível, fácil comprar pelo site da amazon.
Papais, liberem o Professor Pardal dentro de vocês!