domingo, 4 de dezembro de 2011

Manhã orgânica...

Acho que esse post vai ser mais uma discussão filosófica do que informativo de fato.
Nunca fui militante de produtos orgânicos, mas também nunca fui contra, principalmente por não ter habito de comprar tais produtos.
Claro que uma alimentacao sem agrotóxicos e demais resíduos dever ser muito mais saudável, mas compensa o custo maior dos produtos orgânicos e o "perrengue" de encontra-los?

Resolvi tirar minhas próprias conclusões, e passei a manha de sábado em 2 programas "orgânicos"
1) Feira orgânica do Parque da Agua Branca
Adorei ir a uma feira em gritaria e sem desperdício. Não tem muita variedade, mas tem o necessário. Legumes e verduras super ok, frutas achei um problema, quase nada...
Os pães, queijos e iogurtes são incríveis!
Em relacao ao preço, muito pouca a diferença! Fiquei surpresa, achei que seria bem mais caro.
De quebra você pode tomar um cafe da manha delicioso ali na entrada da feira e dar uma voltinha no parque, que e bem agradável.
Tudo muito simples, nota-se pouco plastico circulando (levem suas sacolas), pode parecer exagero mas senti um pedacinho do primeiro mundo ainda tímido ali naquele lugar.
Ahhhhh! A Carol ama o parquinho que tem la dentro, uns brinquedos que você paga 3,5 reais por vez. Tem que ter coragem pra ir, rsrsrsrsrsrsrsrs.

2) Quintal dos orgânicos da Vila Madalena
O primeiro espaço totalmente orgânico de São Paulo, tem um mercadinho no fundo só com produtos orgânicos desde produtos de beleza ate alimentos. Na frente tem um restaurante delicioso e muito charmosinho, com uma decoracao simples mas muito caprichada.
Outro esquema, um orgânico mais chique... mais caro.

Muito alem da qualidade e da procedência dos alimentos, ando preocupada com nossa cultura do desperdício e tenho medo que isso esteja sendo enraizado na cabecinha de nossas crianças. Adoro fartura, mas desperdício e outra coisa...
Alem dos beneficios da qualidade de uma boa alimentacao (orgânica ou não) devemos cultivar nos nossos pequenos valores de consumir o necessário.
Gastamos fortunas com escolas socio construtivistas e fora da escola qual nosso investimento em criar melhores cidadãos?
Resumindo... Se comprar produtos for nosso único lado a favor da sustentabilidade, esqueça! Se criarmos melhores cidadãos com hábitos alimentares saudáveis, ótimo! Se esses hábitos alimentares incluírem alguns alimentos orgânicos, sera um luxo, um luxo sustentável!

Confiram o site:  www.aao.org.br , tem todos os locais onde alimentos organicos sao comercializados.
Ainda existem empresas que entregam semanalmente produtos organicos em casa... mas nao estou aqui pra fazer jaba, ne?
wheres-the-growth.jpg



segunda-feira, 25 de abril de 2011

Bem entendido!

Não costumo visitar o departamento de auto ajuda, mas esse livro das autoras Adele Faber e Elaine Mazlish dá uma luz em pequenas dificuldades na comunicação com os pequenos. Vou confessar que não tive a disciplina de lê-lo inteiro com a devida atenção, mas na "leitura dinâmica" foi bem.
Vale dar uma conferida... Quem sabe você não consegue transformar o mal entendido em bem entendido?

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Não confundam alhos com bugalhos: Alergia à proteína do leite de vaca x Intolerância à lactose

O motivo desse tópico é deixar clara a diferença entre essas duas doenças que se confundem demais nas cabeças dos pacientes (e por incrível que pareça, também de alguns médicos).
A alergia à proteína do leite de vaca, pode se manifestar mesmo com o bebê em aleitamento materno exclusivo, pela ingestão materna de leite de vaca. Seu sintomas mais comuns são cólicas, refluxo gastroesofágico, fezes com sangue, baixo ganho de peso. Dentre outros sintomas temos ainda a dermatite atópica, tosse, coriza e chiado. O diagnóstico mais preciso é feito através da prova terapeutica, retirando leite de vaca da dieta da criança (ou da mãe, se em aleitamento materno exclusivo), usando fórmulas hidrolizadas. Lembrando que o uso da soja é contra indicado em menores de 6 meses (30% das crianças que tem alergia ao leite de vaca tem alergia a soja).
Já a intolerância à lactose, costuma se manifestar no adulto jovem, sendo muito rara em crianças menores de 6 anos. A lactose é o açúcar do leite e estamos programados geneticamente a uma menor atividade da lactase (enzima que digere a lactose) com o passar dos anos. Os sintomas mais comuns da intolerância a lactose são dores abdominais, diarreia, flatulencia, nao havendo sintomas sistêmicos.
Não quero que vocês terminem essa leitura especialistas nessas duas doenças, mas espero que parem de colocá-las como "sinônimos". São muito diferentes!
Se eu conseguir isso, já vai ser mais do que muita faculdade de medicina conseguiu! :)

quarta-feira, 23 de março de 2011

Geek Dad

Em uma conversa com um pai (assumidamente "geek") no consultório descobri esse livro que me pareceu incrível, fácil comprar pelo site da amazon.
Papais, liberem o Professor Pardal dentro de vocês!

quinta-feira, 17 de março de 2011

Burn baby burn....

Muito difícil minha missão com esse tópico: melhorar a imagem da febre perante os pais.

Primeiramente é importante lembrar e reforçar que a febre é apenas um sinal de que nosso corpo está respondendo à alguma "agressão"... Nas crianças as principais causas da febre são as infecções, sendo que cerca de 70% delas são causadas por vírus e não exigem tratamento específico. Menos de 1%das crianças que procuram atendimento por febre tem de fato alguma doença bacteriana invasiva.

A febre não é a doença, ao contrário: é durante a febre que o nosso organismo está no seu momento ótimo de combater as infecções. Hoje sabemos que a supermedicação da febre pode atrapalhar nosso sistema imunológico durante quadros infecciosos.
Em alguns paises, como na França, a febre é medicada quando mal tolerada, ou seja, quando a criança está muito incomodada com a mesma (e não os pais...).

Então quando devemos nos preocupar com a febre?
Essa questão tem que mudar na cabeça dos pais para: quando nós temos que nos preocupar com a criança febril? Sempre peça orientação para seu pediatra nas seguinte situações:
1) febre em um bebê menor de 3 meses
2) febre acima de 39C em crianças até 3 anos
3) febre persistente há mais de 72 horas
4) febre refratária ao tratamento (não vale usar subdose de antitérmico ou esperar que a febre abaixe em 30 minutos!)
5) acima de tudo quando a criança não fica bem após normalização da temperatura

Outra grande preocupação dos pais é a convulsão febril. A convulsão ocorre, em crianças com predisposição a mesma, pela rápida subida da temperatura devido à imaturidade do sistema nervoso central. Ela pode ocorrer em uma febre baixa e também pode ocorrer apesar da medicação. É uma situação extremamente assustadora, mas não causa complicações neurológicas para a criança. A ansiedade relacionada à possibilidade de uma consulsão febril causa um desgaste desnecessário pois trata-se de uma situação que foge do nosso controle. Caso ela ocorra, ligue para seu pediatra e procure um pronto atendimento de confiança.

Por último gostaria de lembrar que quando usamos a medição axilar, a definição de febre é temperatura maior ou igual a 37,8C (ou maior ou igual a 38C na temperatura retal)... Tudo que vem antes disso, não é febre.

Conto com vocês na minha campanha contra a "febrefobia".

domingo, 6 de março de 2011

A chegada de um irmão...

A chegada de um novo bebê traz novas alegrias e também novas preocupações. Os pais ficam felizes e ao mesmo tempo procupados com a reação e os sentimentos do filho mais velho.
Para idades diferentes, existem reações diferentes, entendendo um pouco melhor fica mais fácil lidar com a situação.

Crianças de 1 - 2 anos:
Para começar, essas crianças não entendem muito bem o significado de um novo irão ou irmã. A criança pode sentir sua excitação e portantanto compartilhar esse sentimento, mas ela não tem idéia do tamanho da "encrenca".
Mostre fotos de famílias com bebês para que ela entenda o significado de ter um irmão, após o nascimento do novo bebê presenteie a criança e dê atenção especial para que ela não se sinta abandonada.
A mãe certamente precisará de ajuda para cuidar dos 2 "bebês". A questão aqui é muito mais a logística do cuidado dos 2 filhos do que qualquer outra coisa.

Crianças de 3 - 4 anos:
Idade em que a criança ainda está muito ligada à mãe e não consegue dividi-la muito bem. Esse é o período em que a criança se sente mais ameaçada pela vinda do irmão.
Algumas dicas para amenizar a turbulência emocional desses pequenos:
- espere para contar sobre a gravidez: deixe a criança apresentar alguma curiosidade em relação a sua barriga e às coisas novas que você está comprando, porém seja a primeira a contar sobre a gravidez.
- seja honesta: fale que um bebê novinho é lido e fofo mas que dá trabalho, chora bastante e que você despenderá muito tempo com ele. Reafirme o tempo todo que você o ama tanto quando ama o irmão.
- envolva o seu mais velho no planejamento do bebê: deixe que ele escolha algumas roupas e brinquedos. compre uma boneca para que ele cuide de seu próprio bebê.
- escolha bem o timing das mudanças da rotina do mais velho: livre-se, se possível, de chupetas e mamadeiras, realize o desfralde e coloque-o para dormir na caminha (ufa!!) antes do novo bebê chegar em casa.
- espere algum tipo de regressão: pedir por chupeta, mamadeira e escapes de xixi porderão ocorrer. Não reprima seu filho mas elogie-o quando ele se comportar como "mocinho". Dê ao seu filho mais velho um pouco mais de atenção quando notar que essa regressão está muito evidente.
- prepare seu filho para sua ida à maternidade: explique que você irá se ausentar de casa por alguns dias e que você voltará com o bebê.  ele pode ficar confuso, não o force a ficar "internado" com você e o bebê, peça para algum familiar passear com ele, e mantenha a rotina escolar.
- separe algum tempo para seu filho: leia histórias, brinque com seu filho... nos momentos em que for amamentar, mostre que ele também pode ficar ao seu lado, junto com o o irmão.
- peça ajuda da sua família: peça aos avós que levem o mais velho para passear e que sempre que trouxerem presentes para o bebê, que tragam também uma lembrancinha para o mais velho.
- papel do papai: nesse momento o papel do pai é imprescindível, o pai deve dar atenção especial ao mais velho e aproveitar para estreitar ainda mais a relação.

Crianças acima de 5 anos:
Idade um pouco mais fácil uma vez que nesse grupo as crianças dificilmente se sente ameaçadas por um bebê.
- explique para seu filho em uma língua que ele entenda, as coisas boas e também as não tão boas de se ter um irmão
- nessa idade eles são ótimos ajudantes para preparar as coisas do bebê!
- quando trouxer o novo bebê para casa, explique a importância que o mais velho tem para ajudar a cuidar do bebê.
- mantenha a rotina de seu filho e não se esqueça de dar atenção especial em alguns momentos do dia.


terça-feira, 1 de março de 2011

Vacina contra gripe 2011

A vacina contra gripe (H1N1, H3N2 e influenza B) acaba de chegar em algumas clínicas especializadas.

Quem deve ser vacinado:
1) gestantes
2) crianças abaixo dos 5 anos, especialmente as menores de 2 anos
3) adultos acima de 50 anos
4) portadores de qualquer doença crônica
5) trabalhadores da área de saúde
6) cuidadores e pais de crianças menores de 6 meses, uma vez que essas não podem ser vacinadas
7) contactantes e familiares de paciente de alto risco para complicações da gripe, como imunossuprimidos
8) pacientes institucionalizados

Não devem ser vacinadas pessoas:
1) com alergia severa a ovo
2) menores de 6 meses
3) com quandro infecioso febril agudo
4) que evoluiram com Síndrome de Guillain-Barré até 6 semanas após a vacina da gripe
5) que apresentaram reação adversa grave à vacina da gripe prévia

Lembrando que como a vacina é feita do vírus inativo, você não vai ter gripe pela vacina, mas pode ter gripe apesar da vacina...
Os efeitos adversos mais comuns são dor e vermelhidão no local da vacinas, febre baixa e dores no corpo. Geralmente esses ocorrem nas 48 horas seguintes à vacina.

No pain, no gain... Certo?

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Se as crianças pudessem falar logo ao nascer...

...imagino que seria algo desse tipo que diriam aos pais:

"quero que me ouças, sem julgar-me.
quero que opines sem dar conselhos.
quero que confies, sem muitas exigências.
quero que me ajudes, sem decidir por mim.
quero que me cuides, sem me anular.
quero que me mires, sem projetar-te.
quero que me abrace, sem asfixiar-me.
quero que me animes, sem empurrar-me.
quero que me sustentes, sem apoderar-te de mim.
quero que me protejas, sem mentiras.
quero que te aproximes, sem invadir-me.
quero que conheças (de mim), o que te desagrada.
quero que o aceites, sem tentar mudá-lo.
quero que saibas, que hoje, podes contar comigo..."

Tudo isso além de " quero leitinho e muito carinho". Fácil?

Boa noite.