Síndrome da Morte Súbita do Lactente (SIDS)

Os casos de morte de bebês que ocorreram em berçários e divulgados na mídia deixaram muitos pais assustados e preocupados.

A SIDS (suddem infant death syndrome) não tem causa conhecida, porém está associada com alguns fatores de risco como por exemplo tabagismo materno, cama compartilhada, hiperaquecimento do bebê, história familiar, prematuridade e episódio de aparente risco de vida prévio.

Sabe-se que ela NÃO está relacionada com broncoaspiração (por definição se houve broncoaspiração, não é SIDS), nem com vacinação.

A única medida de exerce uma proteçáso de fato contra essa situação tão assustadora é colocar o bebê para dormir de costas. Há 10 anos existe uma campanha muito forte na Europa e na América do Norte, a fim de esclarecer e mostrar aos pais a importância dos bebês dormirem "de costas". Essa medida diminuiu em 50% os casos de SIDS no Estados Unidos. 

Na América Latina não houve interesse em promover essa campanha, uma vez que o há culturalmente o hábito de colocar o bebê para dormir de lado e acreditava-se que era uma posição segura. Hoje sabemos que não é bem assim...

Outro fator de proteção associado é o uso de chupetas.

Não há diferença estatística de casos entre crianças amamentadas e crianças que recebem fórmulas infantis e é mais frequente em meninos do que em meninas.

A idade de maior risco é de 2 a 5 meses, podendo ocorrer em crianças até 1 ano e sendo raríssima em bebês com menos de 30 dias.

Vamos fazer nossa parte:

• Sempre posicionem os bebês para dormir de costas, nunca de bruços e preferencialmente não de lado
  
• Usem um colchão firme e mantenham o berço sem bichinhos, travesseiros e etc
  
• Não fumem e nem deixem fumar próximo ao seu bebê
  
• Ofereça a chupeta, mas não se preocupe se o bebê não aceitar
  
• Fará um bom pré natal e faça um bom seguimento com seu pediatra
  

Acidentes Domésticos

Acidentes dométicos são os mais frequentes nos primeiros anos de vida, já que é em casa que a criança passa a maior parte do tempo.

Num mundo organizado por adultos e para adultos, os pais devem ser capazes de examinar o ambiente em que a criança vive, com um olhos de criança (com uma altura de 80 cm...), eliminando os riscos e favorecendo segurança para a criança.

Existem vários fatores que favorecem a ocorrência de acidentes: a própria criança (por exemplo se é muito agitada), o ambiente que ela vive e a organização do mesmo, recreação inadequada, falta de vigilância, indisciplina, uso inadequado de objetos/brinquedos, etc.

Até 5 anos a criança precisa de uma proteção "passiva" de acidentes... ou seja o ambiente deve ser protegido por barreiras físicas, como redes de proteção, grades, portões isolando ambientes, proteção para quinas de móveis, etc. Depois dos 5 anos a proteção passa a ser "ativa", uma vez que a criança deve ser ensinada a evitar riscos, envolvendo uma mudança de atitude (da criança e da família)

Quais são os locais mais perigosos da casa?

Cozinha, banheiros, área de serviço, escadas, corredores, piscinas são os mais óbvios e onde geralmente acontecem os acidentes mais graves como queimaduras, afogamentos, intoxicações e quedas.

Difícil abordar todos os acidentes e como evitá-los em um texto.

Sugiro um site muito legal: http://www.criancasegura.org.br/ , lá vocês vão encontrar dicas muito

interessantes.

Aqui vão os seis mandamentos da segurança infantil:

1. Sejam o exemplo para o seu filho


2. Ensinem as crianças a distinguir os riscos que podem assumir dos riscos que devem evitar.


3. Ensinem a melhor maneira de enfrentar os riscos que não podem ser evitados.


4. O objetivo é conhecimento e cautela, não o medo.


5. Usem o bom senso. Não superestimem seus filhos, creditando uma inteligência maior da que ele têm e, também, não os subestimem, julgando que não sejam capazes de pensar por si mesmos.


6. Estejam sintonizados com seus filhos. Aquilo que são incapazes de fazer hoje serão capazes de fazê-lo em breve. Jamais digam: "Nunca imaginei que ele pudesse fazer isso ou aquilo".

Tornem sua casa um ambiente seguro para seu filho brincar. Lembrem-se que acidentes domésticos envolvendo crianças são SEMPRE evitáveis, portanto vamos agir preventivamente pois muitas vezes não há como remediar.

Campanhas de Vacinação: devo comparecer?

Primeiramente, manter a carteira de vacinação das crianças em dia é um dever dos pais e do pediatra.

Até 1 ano de vida, sugiro que a criança receba a vacina de vírus inativado contra poliomielite (Salk), não disponível em postos de saúde. Depois de 1 ano ela pode receber a vacina Sabin, sem problema algum, porém se as vacinas estão em dia não há necessidade de comparecer às campanhas.

Tosse!

Definição pelo Aurélio:
tosse. s.f. Med. Expulsão súbita e ruidosa de ar pela boca, visando, habitualmente, à eliminação de matéria estranha em vias aéreas. Tosse seca. tosse não acompanhada de expectoração.

Para os pais: sinônimo de noites mal dormidas, preocupação com o diagnóstico, ansiedade pela resolução do quadro. Para mim: um sintoma.

A tosse tem que ser entendida como um sinalizador, ela não é uma doença, pode estar presente devido a situações simples e de baixa gravidade (como quadros alérgicos, hiperreatividade de vias aéras, resfriados comuns e gripes) ou a situações que exigem mais cuidados (como asma, bronquiolite, pneumonia e até mesmo refluxo gastroesofágico).

Então como você como pai/mãe vai poder diferenciar essas diferentes situações? Quais são os sinais de alerta?

• Tosse em menores de 3 meses: melhor que a criança seja examinada sempre.
• Cansaço: respiração ofegante é sempre preocupante, quando a criança respira com força e usando a barriga.
• Febre alta ou persistente: importante descartar infecções mais graves como a própria pneumonia.
• Tosse por mais de 4 semanas: pode ser alérgica... pode ser refluxo... pode não ser nada...

Entendido quando devemos nos preocupar com a tosse, agora como e quando tratá-la?

De preferência, devemos tratar, se possível, o que está causando a tosse. Se tem chiado (broncoespasmo), usamos broncodilatador, se parece alérgica antialérgicos e corticóides, se é uma pneumonia usamos antibiótico.

Medicamentos antitussígenos são altamente controversos na literatura, o uso dos mesmos tem um resultado muito frustrante e reservamos o uso desses em casos de tosse seca, irritativa, que dificulta o sono da criança ou que causa vômitos pós tosse. A tosse produtiva (com catarro), é um ótimo mecanismo de proteção, acho perigoso inibi-la. A inalação com soro fisiológico e lavagem nasal, aliviam muito a tosse presente nos quadros mais frequentes como resfriados, gripes e hiperreatividade de vias aéras.

A radiografia de tórax deve ser feita somente se necessário sempre após exame físico da criança, principalmente se a ausculta pulmonar está alterada , se trata-se da primeira crise de chiado (bronquiolite) ou se há desconforto respiratório. A investigação de causas mais específicas tem que ser estudada durante consulta no consultório.

Resumindo, para tosse o melhor remédio é uma boa avaliação com o pediatra, tranquilidade e paciência nos casos "não tratáveis". Lembrem-se que moramos em uma cidade muito poluída, com clima instável e seco no outono... para isso não há remédio!

Finalmente, tosse "mal curada" não "vira" pneumonia ou asma (bronquite), essas são causas de tosse e não consequências da mesma.

Acho que foi um bom começo, mas é um tema que com certeza ainda será explorado.

Ensopado à mineira: para crianças acima de 1 ano

Ensopado à mineira:



Ingredientes:

• 2 xíc. de abóbora japonesa picada (260g)


• 2 tomates médios (295g)


• 1 colher de salsinha picada


• 1 colher de cebolinha picada


• 2 colheres de azeite de oliva


• 1 xíc de carne moída (165g)


• 1 colher (chá) de sal


• 1/2 xíc de leite (120ml)


• 4 colheres de farinha de mandioca

Modo de fazer:

• descasque a abóbora, tire as sementes, lave e pique a polpa em pedaços. Meça 2 xíc e reserve.


• lave os tomates, tire os pedúnculos e coloque-os em uma panela com 1 l de água fervente. Após 1 min. retire do fogo, escorra a água, descasque os os tomates e tire as semantes. Pique a polpa em pedaços pequenos e reserve


• lave a salsinha e a cebolinha, seque com toalha de papel, separe as folhas e pique-as finamente. Meça uma colher de cada e reserve


• aqueça em uma panelao azeite de oliva, adicione a carne e refogue, mexendo de vez em quando , até dourar. Acrescente a abóbora, o tomate, 1 xícara de água e o sal. Cozinhe, mexendo de vez em quando, por 15 minutos ou até a abóbora ficar macia. Retire do fogo. Tire a carne com a abóbora e o tomate da panela e arrume em uma travessa. Reserve.
• Ao caldo que ficou na panela, incorporeo leite, a salsinha e a cebolinha. Volte ao fogo e, ao ferver, adicionea farinha de mandioca. Cozinhe, sem para de mexer, até encorpar e obter um pirão. Retire do fogo.
• Sirva a carne com o pirão.

Delícia... tem que tomar cuidado para a mamãe e o papai não comerem tudo!

Como começar?

A decisão de qual tema vamos abordar inicialmente vai ficar nas mãos de vocês.
Escolham um entre os três seguintes:

• Gripe, resfriado ou rinite?
• Refluxo Gastroesofágico: quando é doença?
• Tosse, tosse, tosse...

Dra. Lu Contra Ataca!

Devo confessar que gastei umas horas queimando os neurônios até decidir iniciar um blog. A internet é uma fonte de informação, tanto de boa como de péssima qualidade... Procuro sempre orientar meus pacientes a terem cuidado com o excesso de "informação google", que geralmente mais atrapalha do que ajuda, principalmente quando tratamos de temas médicos onde as controvérsias são muitas (e os palpites incontáveis).

Portanto, eis aqui meu contra ataque!

Vou oferecer para vocês por aqui informação de boa qualidade, algumas com respaldo em literatura médica e outras com respaldo da experiência curta porém intensa que tenho com vocês, meus pacientes. Gostaria de discutir com vocês temas variados, dos mais banais aos mais complexos.

Vou tentar atualizar o blog semanalmente, vai ser uma experência nova... vamos ver aonde vai parar.